Como já expressei
outrora:
Meu amigo é o
silêncio,
Pois carrega o que
penso
E me faz sentir
mais eu.
Ele então por
minhas mãos,
Forte, firme e
audaz,
Me leva, balança e
traz
Por caminhos muito
bons.
Combina a sofrida
alma
Que por fora é
alegre,
Mas que o barulho
persegue,
Dando-lhe dura
missão.
Constrói toda minha
razão
E me permite
mandar, mudar,
Amar e sonhar
Fazer tudo que eu
quero.
Até meu coração,
Um louco, duro e
sofrido,
Ganha como criança
um amigo
Que lhe faz a
fantasia.
Então minha alma
cria
Os meus fatos de
viver.
Tudo pode
acontecer.
É minha verdadeira
vida.
O silêncio não me
leva
À madona utopia.
Isso é luta do dia,
Eu sou da razão da
noite.
O silêncio só me
leva
Ao que há dentro do
meu eu,
À essência do que é
meu,
Ao menos por
fantasia.
O silêncio me faz
longe,
Às terras de alto
grito,
Às nuvens de
algodão,
À deusa do Nilo, no
Egito.
Me faz perfeito em
tudo,
Me faz crescer, ser
sisudo,
Até perder a razão.
O meu sangue corre
fresco,
Minhas pernas
ganham força,
Vejo olhos me
pedindo,
Um soluço, uma
bolsa.
“Fuja comigo do
mundo”
Até isso dizem:
“Ouça!”.
É meu silêncio
amigo
Que me tira do
perigo
Desse mundo
sanguessuga.
Onde ninguém me
ajuda
A viver do jeito
meu.
Depois que a alma
for embora,
É bom que morra
quem chora:
“Ai,
morreu, nada me deu!”.(Mirinaldo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário