quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O que há mesmo no discurso de Aécio?



Falso sentimentalismo; comoção barata; hipérboles; sinestesias artificiais demais; pregação de um ideário (mal) copiado da esquerda da década de 80, o que caracteriza falta de originalidade; euforia; mais voltado à forma que ao conteúdo; é um discurso falacioso que busca apenas os fins e não os meios, daí seu caráter vazio e obsoleto; tautologia e divagações.
A ideia central é a seguinte: não se precisa explicar, dar causas aos fatos, apenas levar a massa a formar uma imagem do agora, do período eleitoral, pois as demais coisas seriam consequência, ou seja, acredite no que eu falo, que depois eu provo.
O que não há no discurso de Aécio?
Componente social. Ele apenas se compromete em manter os atuais programas petistas, o que deixa mais dúvidas, pois o PSDB não tem bom histórico de ataque ou amenização da pobreza, mas sim de compromisso com a política econômica e com a autonomia aparente dos bancos e das multinacionais.
Combate à corrupção. Como é mais fácil jogar pedra no telhado alheio, Aécio só "condenou" os casos que vieram à tona por conta da autonomia da PF, mas em todos os governos, pelo menos por muitos anos, ainda haverá nomeados inescrupulosos em qualquer esfera de governo. Aécio vende uma falsa imagem ao somente "condenar" a corrupção, deixando o eleitor entender, por sua própria conta, que no governo dele a corrupção será zerada, o que não procede. Na verdade, ele deveria explicar o que faria quando ocorresse algum caso em seu governo, mas isso ele nunca vai falar, pois cairia em contradição. Só por esse fato, Aécio já demonstra conivência com a corrupção.
Reforma social e política. O PSDB não poderá realizar a tão esperada reforma política e, se o fizer, será uma máscara demagógica. Não fará a reforma social, pois isso feriria o ego econômico da classe dominante que patrocina a campanha tucana. O partido sabe que qualquer alteração histórica no cerne social causaria o conflito de interesses da burguesia e esta faria investimentos financeiros e midiáticos altíssimos (assim como a Globo está fazendo contra Dilma) a ponto de derrubar a reeleição do partido (aliás, derrubar a reeleição foi o acordo fajuta entre Marina e o tucano, o que ele nunca fará, pois isso colocaria em cheque a volta da maior arma petista, Lula, ou seja, Marina vendeu a alma ao diabo por tão pouco).
Enfim, com Aécio, temos o retorno de um político altamente demagogo e inconsequente. Um "neoCollor" somado a um "neoFHC", para ser mais exato.

Mirinaldo

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