Por Mirinaldo
A cor da consciência, na verdade, não é uma cor. É um pensamento em ação. É defender o outro de acordo com a necessidade dele. Defender o índio não por ser índio, mas porque ele precisa ter a sua dignidade e possa viver em excelentes condições humanas, inclusive com direito a um iPhone, afinal, ele é humano e iPhones só os humanos podem usar, desde que possam pagar por ele (se o índio pode pagar, então pode ter um sem deixar de ser índio). Defender a mulher não por ser mulher, mas porque ela precisa da sua dignidade humana preservada e não ser vítima dos homens porque eles são... homens. Assim é a consciência negra: um pensamento-ação para que o negro tenha o direito de viver sendo plenamente uma
pessoa humana. Se algum direito lhe é violado, já é suficiente para que uma bandeira de luta seja travada. E assim são todos os dias vividos pelas minorias. A consciência negra não é sinônimo de "apenas os negros devem lutar", mas de "é uma culpa de todos e, portanto, uma responsabilidade de todos". E mais: não se defende o índio, a mulher e os negros, por exemplo, porque eles sejam santos, como prega a demência bolsonarista, mas por questão de humildade necessária (e, se quiser, de fraternidade cristã). Portanto, hoje é o dia de pensar a ação pautada na consciência da humanidade. E essa consciência também é negra.
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