sexta-feira, 27 de agosto de 2021

PUTREFAÇÃO DA FALSA ALMA BRASILEIRA



Por Mirinaldo

Não é louco o momento que ora vivemos. O genocida não é louco. Malafaia, Valdemiro Santiago, Sérgio Reis, Edir Macedo, Silvio Santos, Roberto Jefferson, o SBT, a Record e Regina Duarte também não são loucos. Isso mesmo: N-Ã-O S-Ã-O L-O-U-C-O-S. Sei que isso parece sem sentido, ainda mais para mim que tento ser comunista e socialista a cada dia e ainda não consegui. Eu deveria atacar o genocida e toda sua escória, sua lama, sua saliva defecada, seu discurso atravessado, chamando-os de quê? De loucos! Não. Não são loucos. Poderia ainda chamar de loucura o fato de se querer dar um golpe em Brasília para tomar o poder, já que o povo, ao chegar às urnas, vai exortar o pandemonismo, lavar a alma e expulsar o sórdido da cadeira que nunca deveria ter sido dele. E que deve ser desinfetada. Também não há loucura no ataque feito diariamente pelo genocida às instituições que o investigam e o criticam, nem suas sandices para destruir a educação, a saúde, a Amazônia, os indígenas, a cultura popular, os negros, os gays; ou seu vômito verbal vociferado quando defende a família, Cristo, Deus e os valores da pátria. Muito menos eu vejo loucura no fato de o aloprado ser, disforme e inominável, sorrir ante a morte dos outros, zombar das dores alheias, difamar a pobreza e regozijar-se com o crescimento dela ou ainda quando nega a fome, a miséria, o preconceito, a desigualdade social, o aumento da inflação, a violência, o desemprego. Nem pensar em chamar de loucura o fato de o amante do fascismo provocar seu vômito verde ao salivar que quem está atacando a democracia é o judiciário e que a intervenção da doença militar seria a saída para ele continuar flatulando na cadeira presidencial por longos anos. Menos loucura é o rastejante declamar, ou melhor, expelir ar dos seus escuros pulmões, por vias frias e secas, ao dizer que o único problema do povo é a justiça que o impede de trabalhar. Nada disso é loucura. Nunca foi. Nunca poderá ser. Nossa, e ainda há quem chame o psicopata de louco quando afirma que o comunismo não pode voltar e que ele é a única via para impedir esse retorno de quem nunca partiu porque nunca chegou. E muitos desinformados ainda o classificam de louco quando ele fecha os olhos e começa a orar junto com meia dúzia de escrotos antes de executarem suas sandices contra o povo pobre e trabalhador. Basta. Chega. O genocida não é louco. O bolsonarismo não é uma loucura. Não! Não! Apontar arminha não é loucura. Alguns crentalhas e padrecos segurando armas com a Bíblia em uma das mãos não é loucura. Não é loucura? Não, não é. E do que se trata tudo isso que pode ser classificado como anticristianismo, discurso de ódio, ataque aos direitos humanos e à vida, fascismo, nazismo, satanismo, sadismo, morte? Hem? Diga! Simples, isso tudo em si mesmo não é loucura, o nome exato para toda essa lama é putrefação da falsa alma brasileira. Sim, o obscurantismo nefasto e sórdido que mora no interior de almas podres, em estado de latência, pronto para sair da putrefação e ocupar assentos nos púlpitos fingindo altos estados de glória e de sublimação. Sempre existiu, mas nossa razão e fé o mantiveram em cárcere secular. Mas razão e fé também tonteiam, sofrem lapsos e relaxam no campo da ilusão. É nesses trânsitos de desalinhamentos que os espaços se abrem para a entrada de espíritos apodrecidos, ausentes de toda dignidade humana. Geralmente avançam aqui e ali mas, no caso do Brasil, houve uma tomada que sobrepujou almas lentas e lhes imputou a doença da falsa pátria. Incrível, essas almas putrefatas nunca adentram os espaços sem antes exalarem odores de chumbo e de desolação, sempre fazem alaridos. Poderíamos ter percebido isso antes e as aprisionado nos seus submundos, onde Deus não põe seus pés e não deseja que para lá vamos. Mas não, ficamos atônitos, ou mesmo petrificados. Fomos tomados de insanidade e falta de memória histórica. Não vimos como deveríamos ter visto. Cegamos nossas almas também. E fomos, de repente, sobressaltados. Roubados. Privados de nossos sentidos. E vivemos o verdadeiro inferno entre essas almas putrefatas que não sentem dor alguma enquanto se deleitam sob seu sadismo em ver nossas carnes serem devoradas. Mais dor, mais tempo suportam. E mesmo com tantas delas sentindo a mesma dor, ainda preferem que assim o seja, pois a dor nos atinge. Por isso, vale o gás caro, a gasolina cara e os milhares de mortes em uma pandemia. E dizem que isso não acontece. Podres, almas não sentem dor. Por isso, o que ocorre no Brasil não é loucura, é a permissão que demos, muitos involuntariamente, para um insano, duro, sangrento e mortal período para as falsas almas brasileiras expelirem seus odores de subumanidade. Até o momento exato de as repugnarmos e as sufocarmos novamente sob o manto da ferida democracia, principal objeto de desejo para o seu ritual de destruição.

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